“Se quiser derrubar uma árvore na metade do tempo, passe o dobro do tempo amolando o machado”. O provérbio chinês traduz a necessidade do planejamento, assunto bastante discutido na literatura corporativa, mas ainda pouco utilizado na prática – infelizmente. Em um mercado cada vez mais competitivo, onde o preço de venda e o custo das matérias-primas são impositivos, as empresas precisam pensar arduamente nos caminhos para a competitividade, entendendo que não virá somente de ações pontuais, mas sim da adequada gestão dos processos internos.
Processos mapeados, estudados e formalmente definidos geram ganhos das mais diversas dimensões, tais como confiabilidade, redução dos retrabalhos, redução dos custos de operação, rapidez na concretização de etapas. Há ainda os que não acreditam em planejamento, e se gabam por serem fazedores, como ocorreu com um empresário a mais ou menos três anos, em um congresso de uma associação comercial que soltou a seguinte frase: “Não somos de pensar muito, somos práticos e colocamos a mão na massa de imediato, enquanto você pensa o seu concorrente faz primeiro que você!” O pesar da declaração do empresário, é que essa empresa fechou, como qualquer pedaço de papel solto ao vento, sem opção de controlar o seu percurso.
A competitividade pode ser resultante de um conjunto de fatores, inclusive o talento restrito de um empreendedor. Mas sob a ótica da perpetuação do negócio, a competência monopolizada que possibilita uma determinada condição privilegiada não é suficiente, e em certo momento o alicerce começará a ruir.
Definir com clareza, e considerando as ameaças e oportunidades, faz parte da necessidade de sobrevivência e desenvolvimento de qualquer empresa. A lição de casa deve ser feita, e estabelecer processos com foco na conformidade é uma necessidade, ou melhor, obrigação. Empresas que possuem certificações de sistema de gestão (ISO 9001, ISO 14001, IATF 16946, ISO 45001, ISO 39001, ISO 37001) realmente implementadas, planejaram a conformidade e possuem um ciclo de melhoria contínua para atendimento a requisitos, aliado ao seu programa de objetivos e metas.
Na base do planejamento estão as pessoas, independente das funções serem estratégicas ou não, são elas que pensam e executam as mudanças. Mas o planejamento requer mudanças realmente pensadas, definindo resultados a serem atingidos, recursos e processos. Empresa sem planejamento significa fruto do acaso, o planejamento não é obrigatório, mas manter-se competitiva no mercado é condição de sobrevivência. Pense nisso, junte seus líderes e planeje onde quer chegar em 2019. A sua empresa agradece!